
Dicas e Informações:
AUTO-EXAME DA MAMA
Para fazer o autoexame da mama é necessário seguir três passos:
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Observação em frente ao espelho;
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Palpação de pé;
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Palpação deitada.
O autoexame da mama deve ser feito uma vez por mês, todos os meses, 3 a 5 dias após o aparecimento da menstruação ou em uma data fixa nas mulheres que já não têm menstruação.
Todas as mulheres após os 20 anos, com caso de câncer na família e 40 anos, sem caso de câncer da família devem realizar o auto exame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de mama.
Primeiro passo: Observação em frente ao espelho:
De frente para o espelho sem roupa, observe se as duas mamas são iguais. Primeiro com os braços caídos, depois com os braços levantados e depois com as mãos apoiadas na bacia fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície da mama como abaixamento, saliência, rugosidade ou cor anormal, como mostra a imagem.
Segundo passo: Palpação de pé
Durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça e palpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita, como mostra a primeira imagem. A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo, como mostra a segunda imagem. Repita este passo na mama direita.
Depois da palpação da mama, pressione também o mamilo suavemente e veja se há saída de qualquer líquido, como mostra a terceira imagem. Faça o procedimento nas duas mamas.
Terceiro passo: Palpação deitada
Deitada, coloque o braço esquerdo na nuca e uma almofada ou toalha debaixo do ombro esquerdo e palpe a mama esquerda com a mão direita, como mostra a imagem, da mesma maneira que a palpação de pé. Repita este passo na mama direita.

Metodos Anticoncepcionais:
Contraceptivos Orais Combinados (estrógenos/progesterona)
Mecanismo: ingeridos serão absorvidos no intestino, passam pela corrente sanguinea e chegam a hipófise e ao ovário (também modificam o muco cervical, impedindo a ovulação);
Vantagens: seguros, reversíveis, protegem contra o câncer de útero (endométrio) e ovário;
Desvantagens: não protegem as DSTs, tem que ser tomada no mesmo horário e provoca irregularidade no ciclo menstrual;
Eficácia: 99,9%.
Contraceptivos Orais Especiais
As mesmas características dos contraceptivos orais combinados.
Minipílula (progestágenos)
Mecanismo: modifica o muco cervical e atua modificando o endométrio;
Vantagens: eficazes, seguras, podem ser usadas no período pós parto, fumantes acima de 35 anos, não aumenta o peso e possui menos efeitos colaterais;
Desvantagens: não protegem contra as DSTs , tem que ser tomada no mesmo horário e provoca irregularidade no ciclo menstrual;
Eficácia: 98%.
Contraceptivos Injetáveis Mensais
Mecanismo: liberado em doses lentas na corrente sanguinea, com efeitos iguais aos anteriores;
Vantagens: eficazes, seguros, discretos e reversíveis de 1 a 2 meses;
Desvantagens: cólicas, sangramento, dores de cabeça, dores torácicas, hipertensão, perturbações visuais, tromboflebite e manchas escuras na pele;
Eficácia: 99%.
Sistema Intra Uterino
Mecanismo: muco cervical espesso, inibe mobilidade e função do espermatozóide dentro do útero e trompa, inibe o crescimento endometrial, ação local intra-uterina. Contém hormônio levnsrgestrel (liberado em doses baixas );
Vantagem: mulheres que já tiveram filhos e efeitos corporais mínimos;
Contra-indicação: gravidez, câncer do útero e colo, DIP (Doença Inflamatória Pélvica), infecção do trato genitorinário inferior, cervicite, hemorragia uterina, anomalia uterina e doença hepática;
Eficácia: 100%.
Preservativo
Feito de látex fino, impede o espermatozóide de entrar no colo uterino.
Vantagens: Previne DSTs, sem prescrição médica e praticamente é o único método contraceptivo masculino. É o preferido em relações esporádicas;
Desvantagens: romper, provocar alergia e falta de sensibilidade;
Eficácia: 60 a 80%.
Diafragma
Disco flexível de borracha com anéis metálicos flexíveis, colocados no interior da vagina impedindo a ascensão do espermatozóide.
Vantagens: Colocação horas antes da relação sexual, relações esporádicas, proteção contra DSTs, proteção do câncer do colo uterino e pode ser usado em período pós-parto;
Desvantagem: só especialistas podem indicá-los, a paciente tem que ter habilidade para coloca-lo e conhecimento de seus órgãos genitais;
Eficácia: 85%.
Esponja:
Não é muito usado, colocado no fundo vaginal, obstruindo o colo.
Vantagens: fácil uso, proteção 24h, sem espermaticida;
Desvantagens: habilidade, conhecimento ginecológico e só um especialista pode prescrevê-lo;
Eficácia: 85%.
Espermaticidas
Substância química (gel, creme, óvulo, espuma ou comprimido vaginal) serve para desativar o espermatozóide.
Vantagens: fácil uso e usados em relações esporádicas;
Desvantagens: aplicação incomoda, curta duração e baixa eficácia;
Eficácia: 63%
Diu
Dispositivo intra uterino (em forma de “T”), feito de polietileno com filamento metálico em suas hastes (cobre) – colocação no interior do útero. Particularidades: reação inflamatória local, tempo de duração de 3 a 5 anos (dependendo do tipo), acompanhamento médico rigoroso.
Vantagens: tempo do efeito contraceptivo (5 ou mais anos), recuperação da capacidade reprodutiva, colocado em qualquer período da vida reprodutiva, pós coito, pós parto ou pós abortamento;
Desvantagens: pacientes com histórico de dores abdominais em alguns casos, colocado somente por profissional da área. O uso em nuliparas (mulheres que nunca tiveram filhos), seguem 3 requisitos básicos para o uso: pacientes com mais de18 anos, parceiro sexual fixo, ausência de infecção vaginal;
Eficácia: 98%.
Coito Interrompido
Interrupção antes que ocorra a ejaculação
Vantagens: disponibilidade/ emprego fácil e imediato, sem custos;
Desvantagens: dificuldade para identificar o momento certo, controle do parceiro;
Eficácia: 20 a 30%.
Método de ritmo / Método do Calendário:
Vantagens: natural;
Desvantagens: abstinência no período fértil (observar cuidadosamente o período fértil) e pouco eficaz;
Eficácia: 30 a 40%.
Método de temperatura corporal basal
Vantagens: natural e sem custos;
Desvantagens: requer um registro gráfico de 0,5 a 1,0 C, período fértil (efeito progestágeno) da temperatura com outras causas, disciplina no registro gráfico diário;
Eficácia: 30 a 40%.
Esterilização da Mulher
Ligadura tubária ou laqueadura tubária (intervenção cirúrgica onde ocorre o seccionamento das trompas de falópio na porção mediana, impedindo o óvulo de atravessa-la.
Vantagens: pode ser realizada a qualquer momento, não tem revisão constante, a internação e recuperação são rápidas;
Desvantagens: método definitivo, deve ser feito com equipe médica especializada e pode trazer consequências psicológicas ao paciente;
Eficácia: 100%.
Esterilização do Homem
Seccionar os canais deferentes para evitar que o sêmen contenha espermatozóides. Anestesia local e cirurgia segura.
• Vantagens: pode ser realizada a qualquer momento;
• Desvantagens: definitivo, deve ser feito por cirurgião experiente e pode trazer conseqüências psicológicas ao paciente;
• Eficácia: 100%.
Incontinência Urinaria - U.I
A incontinência urinária é a perda involuntária da urina acarretando um problema social e higiênico para as pacientes. Na literatura define-se a qualidade de vida de uma paciente como a sua satisfação no âmbito social, psicológico e físico.A incontinência urinária é angustiante e incapacitante sendo este impacto dependente da idade da paciente e do tipo de incontinência urinária, observando uma melhor adequação e adaptação nas pessoas idosas.
Alguns trabalhos mostram que a incontinência urinária afeta mais a função social e psicológica que a função física da paciente. Assim sendo, qualquer perda de urina involuntária é importante de se relatar ao seu médico assistente para uma avaliação completa para determinar a causa e o tratamento.
Hoje em dia a incontinência urinária é uma condição que pode ser curada, tratada ou conduzida de uma forma que os problemas de controle vesical não interfiram com o estilo de vida saudável, produtivo e ativo. A prevalência da incontinência urinária na população em geral é de aproximadamente 6% sendo que varia de acordo com a idade e o sexo.
Entre 15 e 64 anos a incontinência urinária ocorre entre 10 e 25% nas mulheres. Acredita-se que as mulheres acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentem algum grau de incontinência. O número exato de mulheres afetadas pode ser muito mais do que as estimativas atuais, pois acredita-se que grande parte das pessoas afetadas não procuram ajuda por vergonha e que não exista tratamento, o que não é verdade.
Para melhor entender a incontinência urinária, é importante saber como funciona o trato urinário e como nós controlamos a micção. A urina excretada pelos rins desce para um par de tubos chamados de ureter até chegar a bexiga que é um reservatório elástico que pode ser enchida e esvaziada. Em grande parte das pessoas existe um total controle sobre esse armazenamento e esvaziamento, ou seja, a pessoa permite um enchimento e depois um esvaziamento sem que ocorram perdas. A urina sai da bexiga para um canal chamado uretra sendo que para esvaziar a bexiga é necessário uma coordenação entre a musculatura da bexiga e os músculos que fecham a uretra (como se fosse uma torneira). Esses músculos são chamados esfíncteres. Quando os esfíncteres relaxam ela libera urina e ao mesmo tempo o músculo da bexiga se contrai expulsando a urina. Quando você termina de urinar os esfíncteres se fecham e a bexiga pára de contrair. Uma vez entendido o funcionamento da bexiga e uretra fica fácil entender as causas da incontinência urinária.
A incontinência urinária de esforço ocorre devido a uma deficiência no suporte vesical e uretral que é feito pelos músculos do assoalho pélvico ou por uma fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Essa condição leva a perda de urina quando você faz esforço com o abdome, tais como tossir, espirrar, correr, rir, pegar peso, levantar ou até mesmo andar.Vários exames estão disponíveis para um diagnóstico correto (estudo urodinâmico, ultra-sonografia, cistoscopia, exame de urina, RX de bexiga, etc). A incontinência urinária para urgência ocorre quando a bexiga contrai sem o seu comando ou desejo que ela faça isso. (Ex: não conseguir chegar ao toalete a tempo).
Existem várias causas para essa condição, como infecções ou alteração dos músculos que controla a bexiga. Vários tratamentos para incontinência urinária estão disponíveis, e somente um especialista qualificado para recomendar o tratamento adequado. As formas de tratamento podem variar desde uma simples mudança nos hábitos até uma cirurgia complexa.
Tratamentos Conservadores:
Orientação sobre o funcionamento da bexiga e da musculatura pélvica, mudança comportamental no hábito urinário e exercício passivo e ativo para musculatura do assoalho pélvico (fisioterapia e eletro estimulação). Existem medicamentos para relaxar a musculatura da bexiga ou para aumentar a contração dos esfíncteres.
Tratamentos Cirurgícos:
Existem várias cirurgias para tratamento da incontinência urinária feminina. As cirurgias que mostram melhores resultados são as cirurgias utilizando fitas de polipropileno (chamadas de SLING). Esta fita restabelece os ligamentos que sustentam a uretra e promovem seu fechamento durante o esforço. Essa cirurgia é feita por via vaginal e com uso de anestesia local, com tempo de internação de 6-8 horas, colocando a paciente de volta ao trabalho num período de 07 dias. O resultado é uma melhora importante na qualidade de vida das pacientes.
Endometriose
Endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo.
Essa formação de tecido ectópico normalmente ocorre na região pélvica, fora do útero, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e na delicada membrana que reveste a pélvis. Entretanto, esses crescimentos também podem ocorrer em outras partes do corpo.
A endometriose é um problema comum. Às vezes, ela pode ocorrer em gerações seguintes de uma mesma família. Embora, normalmente, a endometriose seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, a doença provavelmente começa quando a menstruação regular inicia.
Causas:
Existem três teorias: Uma teoria é que, durante a menstruação, parte do tecido endometrial menstrual ao invés de ser eliminado na menstruação, retorna ao abdômen através das trompas de Falópio por fluxo retrógrado. Esse tecido endometrial se implantaria em outros lugares e pode, eventualmente, responder aos hormônios ovarianos (estrógenos e progesterona) a cada ciclo menstrual da mesma forma que as células endometriais uterinas, ou seja, crescem no meio do ciclo e se desfazem no período de menstruação. O sistema imune e genética definiriam então se as células fora do lugar são eliminadas o não, explicando o maior risco de doenças autoimunes em mulheres com endometriose. Outra teoria sugere que existem células do peritônio que se transformam em endométrio funcional. O tecido endometrial escapar do útero, apenas cercar-se de epitélio e formação de cistos chamados endometriomas que devem ser eliminados.
A endometriose pode ser uma doença hereditária e, assim, ser causados, por uma predisposição genética.
Sinais e Sintomas
Cerca de metade dos casos não tem sintomas, sendo resolvidos pelo próprio organismo.
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Dores na região pélvica na cólica que ocorre durante o período menstrual (87% dos casos);
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Dor pélvica crônica (55% dos casos);
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Dores durante ou logo após ato sexual (55% dos casos);
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Infertilidade (entre 14% a 40% dos casos);
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Sintomas intestinais cíclicos, como diarreia, sangramentos e dor (cerca de 30% dos casos);
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Problemas urinários diversos, como [[poliúria] (urinar em excesso), sangramentos e dor (cerca de 31,5% dos casos).
A mulher fica estressada devido as dores e o desconforto abdominal.Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. As dores podem ocorrer antes ou durante o período menstrual. Ela surge de repente, trazendo transtorno físico, psíquico e social para a paciente. Aproximadamente 20% das mulheres tem apenas dor, 60% tem dor e 20% pode sentir dor tipo cólica menstrual intensa, dor abdominal durante a prática sexual.
Tratamento
O tratamento varia conforme a vontade de engravidar, a área afetada, a intensidade dos sintomas, tolerância a medicamentos e a idade da paciente.
Dentre os tratamentos possíveis mais conservadores, voltados para casos menos graves, está a administração por 6 a 12 meses de uma combinação de contraceptivos hormonais orais, somado a antiinflamatórios não hormonais de nova geração no período perimenstrual e determinados exercícios físicos .
Casos moderados e graves frequentemente necessitam de cirurgia para remover as células endométricas. Além dos tratamentos cirúrgicos podem ser associados o uso injeções de hormônios ou anti-hormônios, implantes subcutâneos de bastões de medicações ou DIU impregnados por substâncias inibidoras da menstruação.Nos casos mais graves pode ser necessário a remoção de partes de órgãos como útero, ovários, tubas ou de porções do intestino. A excisão total de todas as lesões visíveis e palpáveis da doença traz melhora significativa da dor pélvica e da fertilidade.